quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Passado




 A teia, embora rasgada
ainda se tinge do pó da casa
Como se dele se alimentasse ...
Era tão cheio de  lembranças... 
 Mas o vento a balança sem pressa
sabe que ela cairá...

Meu  coração , embora dilacerado
ainda se tinge  de utopias...
 Das fotos que sonhei guardar
em porta-retratos familiares,
monta desagrados o tempo...
Ele sabe que caí...

E eu  caí daquela teia ... 
E como não queria partir,
 quebraram  meu coração 
em mil e um pedaços
E, agora,  de estilhaços 
por dias,  como pó  
ou por noites, como sombra
 vivo, derramando-me no nada. 

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