A teia, embora rasgada
ainda se tinge do pó da casa
Como se dele se alimentasse ...
Era tão cheio de lembranças...
Mas o vento a balança sem pressa
sabe que ela cairá...
Meu coração , embora dilacerado
ainda se tinge de utopias...
Das fotos que sonhei guardar
em porta-retratos familiares,
monta desagrados o tempo...
Ele sabe que caí...
E eu caí daquela teia ...
E como não queria partir,
quebraram meu coração
em mil e um pedaços
E, agora, de estilhaços
por dias, como pó
ou por noites, como sombra
vivo, derramando-me no nada.
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