terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Impossibilidade



Tocaste a música do amor
Em tom diferente do que eu sabia cantar
E já amando meu preferido cantor,
Desistir de tudo estou sempre a recusar...

Teme meu coração ficar sem teu abrigo
Já  desespera a noite sem teu olhar
Enfraqueço se tua ausência cisma em ficar
A tênue dor será eterno castigo...

Calar o coração é tarefa tão perigosa...
Não ouso desejar agora tal momento
E embora me siga esse temor ciumento,
Tua boca vem sempre tão preciosa...

Calar o que o coração canta
Seria o mesmo que da vida desistir
Não é para mim o verbo resistir
Porque minha alma  em ti se planta...

Quais sementes então virão deste sentimento?
Por que  preciso quieta esperar tanto?
Olhaste profundamente o meu espanto
E agora  não queres meu envolvimento?

Perco-me em ti...Mas aí vivo também
E a cada hora, novos pensamentos
Encaixam sonhos que te prometo
Porque de nós tudo sabem...



sábado, 8 de fevereiro de 2014

Desatino


     Meu coração não controla o pensamento
    Fica seu sorriso a passear pelas lembranças
    Você faz meu desejo se tornar  tão ardente..
    Sem sossego, passo o dia sem esperanças...

    Posso inventar as palavras que eu queria ouvir
    Mas às vezes escuto da sua voz o que me faz sofrer
    Olho constrangida, aqui sozinha, querendo mais.
    Queria falar agora, mas há tanta coisa a envolver...

    Posso acreditar que o tempo passa rápido demais
    Mas quero  parar tudo e recordar teu corpo,
    Que de cena em cena, domina-me num assombro...
    Fico perdida, nem sei mais em que acreditar.

    Talvez a nova rotina me retire desse transe
    Porque em hipnose absoluta,  mal aceito a realidade
    Queria tua boca, teus beijos, que, na verdade

    Como alimento, tornam-se minha  estranha força...