terça-feira, 12 de junho de 2012

Sorvo sonhos




A mensagem chega silenciosa
Conhece meu medo da dor
Já  se encosta como mãe
E desfia o dissabor

Mas eu já a esperava
Nem mexi os lábios inseguros
Sorri de fato
Como em tempos escuros

Não há surpresa no tom frio
Tampouco  alimento a  mágoa
Em meu gesto frágil ou senil
Confio na nova jornada

E embora  a terra trema
Os sentimentos  são simples
Mantenho a mente serena
Na casa, o som está vazio.

Não espero mais a mensagem
Sou ela, agora,  na intuição
Outros passos vou desenhando
Um a um na transformação.

Sorvo sonhos, névoas e  caos
Chego ao  meu tempo afinal
Metamorfose, inspiração
Calmaria, solidão
A palavra me recria.

Um comentário:

Anônimo disse...

Simplesmente maravilhoso, sensível, verdadeiro…

Fernando