para que tudo se acabe!
Mas depois esqueço de pensar,
fico a imaginá-lo parado,
sentado, com perdido olhar.
Fica você para sempe
na sombra de um delírio...
sempre em meu peito todo vazio,
assoviando uma única realidade,
como se fosse a mais pura verdade...
Dos fragmentos que me restam,
Pouco me comove para supor
que os dias de desafeto e de frio
já perecem, esfacelam-se...
Talvez a caminhada
já tenha chegado realmente ao fim.
Só nós dois nesta estrada?
E os segredos... pouco quero esconder
Mas o medo grita para eu me conter.
A vida é tão rápida!
Quebra o espelho da ilusão...
Está em soluços meu coração!
A razão chora por um sorriso,
o pensamento dói, mas finjo .
Já ressequidos estão os sonhos,
já lentos os impulsos
De um dia, de repente,
a venda dos seus olhos
Desfazer;
e quando penso
em acabar logo com isso
vem você com o olhar fundo
mais perdido do mundo.
Por que de você preciso?
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