À noite , a vida é a poesia despetalando os olhos, os sonhos ... Assim ficarei aqui, decifrando o que eu puder encontrar ....
terça-feira, 13 de julho de 2010
Vó Nésia...
Do seu rosto nada resta ...
Nem os olhos brilhantes e calmos
Difíceis de se ver pelos óculos
Nem o sorriso sempre tímido
Nem a tez sempre banhada de suor
Do seu corpo nada resta...
Nem o braço incansável de bordar, tricotar
Nem as mãos, sempre tão asas ao piano
Dedilhando as músicas mais lindas que ouvi!
Nem suas pernas de tantos caminhos traçados
Descansam à beira mar , acariciando a areia...
Mas é também verdade como não me resta
A menor dúvida: amor não se vai, vó...
E a sua vida, para sempre, está em mim
Mais sábia a cada lembrança
Mais aconchegante a cada lágrima,
De saudade, vó, de muita saudade...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Há afectos que ficam para sempre, e creio que o desta avó será um deles.
Bonita homenagem, Thaís!
Obrigada, AC. Ela realmente ficará para sempre!
beijo.
Na seqüência, saio do meu blog e cá estou no teu.
E me deparo com esse poema muito belo, que, verdadeiramente, me emocionou.
Que trata d'uma "categoria", talvez a melhor, dos nossos familiares.
Tenho, especialmente, saudades do meu Vô Túlio (materno)- convivi com minha Vó paterna (Maria Carmela), que também era uma demais, mas meu Vô...
Eu também escrevi sobre meu ele no meu blog - pra declarar o meu amor eterno, chama que não se apaga.
Também estarei a te seguir.
Beijo - e parabéns pelo teu espaço aqui na blogsfera.
Postar um comentário