quinta-feira, 23 de junho de 2011

Despedaçado

Parece que ainda estou sozinha

Quais caminhos, então, deixar para trás?

Por quais sonhos lutar?

Ardem meus olhos, agora,

gotas poucas...

Arde o peito como se fosse arrebentar

E o que não sou é sempre mais bonito

Esse eu plural, tão entrecortado

Tão despedaçado

De tanto medo  imaginar...

Quero aquietar

Quero aquietar

Tua química

Em qualquer

“quando der”...

Por enquanto,

São  sonhos

(quase séculos)

chamando-te querido

na quina do olhar...

Quinhão obscuro,

quase delírio,

quase maldade,

que ao vê-lo

preciso suportar!

Quixote na alma

Quando te vejo,

Porque ao querer-te

falta-me o ar...

Quintessência

Seu olhar!

Meu desejo quente

Chora no quarto

Nada a fazer de fato

Senão questionar:

Que fazer da vida,

Dessa queixa

A se quedar?

O coração quebrado

Por apenas querer

Amar?